No inicio do mês de março deste ano foi criada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) a Delegacia de Homicídios em Feira de Santana/Ba e foi nomeada como titular a delegada Milena Calmon.
A delegacia especializada foi criada com a finalidade de apurar os crimes; Mas no final de semana, uma determinação do governo do Estado provocou sua transferência para os fundos da Delegacia de Combate a Roubos de Cargas (Decargas) localizada no bairro da Kalilândia.
A saída da DH desestruturou toda a dinâmica e comodidade da delegacia que funcionava no 1º andar do Complexo Policial Investigador Bandeira, no conjunto Jomafa . Com a saída do Complexo Policial, as informações de crimes chegam com muito atraso, já que a central era concentrada há anos na sede.
O resultado do desastre administrativo é a falta de comunicação com o Departamento de Policia Técnica na remoção dos corpos. O fato foi comprovado no domingo, quando um adolescente foi morto na noite de sábado (14) e só por volta das 10 h da manhã de domingo (15) foi realizado o levantamento cadavérico da vítima.
Outro fato que chama atenção é que a detenção fica longe da delegacia, além do transtorno na condução de preso para ser submetido a exames de corpo e delito após autuação em flagrante. O novo local, onde está instalada a Delegacia de Homicídios ainda é desconhecido para muita gente, especialmente para quem vai prestar esclarecimentos.
O pior fica para os parentes de pessoas assassinadas. Eles precisam buscar informação para encontrar a DH, ao contrário do Complexo Policial, onde bastariam dar alguns passos e já encontrariam os policiais que agilizavam as diligencias na busca do assassino. Isso sem contar o auto de reconhecimento, o preenchimento de guias para levantamento cadavéricos e outro assuntos.
Há informação de que o Departamento de Polícia do Interior, (DEPIN) estaria à procura de um local ideal, mas pelo visto jogou a Delegacia de Homicídios nos fundos de outra especializada com a finalidade de economizar dinheiro. Será?
O Governo aparenta está perdido nas suas ações. Para quem não lembra, no inicio do ano a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) ficou funcionando por um bom tempo em frente à carceragem do Complexo, até ser transferida para a avenida Adenil Falcão. Os lamentos das mulheres agredidas estavam sendo compartilhados com os detentos que ficavam a poucos metros, uma total falta de respeito e humanidade com as pessoas agredidas. O local onde funciona atualmente também não foi aprovado pelas mulheres que a procuram, pois não há placa de identificação na casa.
* Fato Concreto com informações do site Central de Polícia
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