4 de junho de 2012

O que a ONU quis dizer com 'acabar a polícia militar no Brasil'

A foto vista acima é uma imagem da polícia da Dinamarca, país autor da orientação de extinção da polícia militar em recente relatório do Conselho de Direitos Humanos das Organização das Nações Unidas (ONU).

Tal relatório foi divulgado através de uma matéria publicada neste blog. Para saber CLIQUE AQUI.

O que se pode ver é que por lá também se usa distintivos, insígnias, uniformes, viaturas e outros aparatos não diferentes das nossas 'polícias'.

Se existe esta semelhança, a que se refere a recomendação da ONU (neste caso da Dinamarca) no sentido de "extinguir" as polícias militares brasileiras?
Provavelmente, não é a estética militar que a ONU se refere, nem de aspectos como a deferência a símbolos patrióticos ou a outros elementos que consolidam um status  tradicional nas polícias. Provavelmente a crítica é direcionada ao vínculo legal existente entre as polícias e o Exército Brasileiro, instituição que possui missões específicas, bem diferentes daquelas ligadas a segurança pública.

A defesa da ONU visa extinguir aspectos que levam as polícias brasileiras (e aqui se deve incluir as polícias civis) a abrigar práticas de extermínios e maus tratos aos cidadãos, não obstante o discurso oficial de cidadania e comunitarismo. Também visa eliminar o contexto interno de injustiças institucionais, que fazem com que pequenos desvios de conduta sejam tratados como grandes crimes e estes sejam vistos como necessários e interessantes à sociedade ou às corporações.
É assim que se deve interpretar a recomendação da ONU: como quem defende polícias que não prendam seus policiais por falhas administrativas, mas que sejam rigorosas com a prática de crimes contra a pessoa humana. Polícias mais eficientes, profissionalizadas, humanas, respeitosas e respeitadas. Eis o que é acabar com as polícias (sejam elas civis ou militares) brasileiras.

  * Danilo Ferreira via Abordagem Policial



 

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