Cadeirante assassinado estava condenado a cumprir prisão domiciliar

Com diversas passagens pela polícia, a vida de Danilo Silva, 25 anos, chegou ao fim na noite da última segunda-feira (29/07), quando foi assassinado com vários tiros na rua Marechal Deodoro, no centro de Feira de Santana/BA. Ele estava acompanhado da mulher e de uma sobrinha, quando foi surpreendido ao sair de um supermercado. Segundo informações, um homem teria se aproximado e deflagrou vários tiros, matando Danilo na hora e ferindo a sobrinha dele em um dos braços.

Segundo as autoridades policiais, mesmo vivendo em uma cadeira de rodas, Danilo cometia crimes, ordenando a morte de rivais que disputavam pontos de tráfico de drogas com ele.

“Danilo cadeirante usava a desculpa de ser deficiente físico, mas a gente sabe que era um traficante perigoso e algoz dos seus inimigos”, declarou o Coronel Adelmário Xavier, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL).

Em novembro do ano passado, Danilo participou de uma chacina ocorrida no município de Tanquinho/BA, quando duas pessoas foram assassinadas e outras duas ficaram feridas. Policiais militares foram deslocados de Feira e após um tiroteio na BR-324, Danilo e outros envolvidos foram presos.

O coronel Adelmário disse que ficou surpreso ao tomar conhecimento da morte do cadeirante, pois pensava que ele estivesse no Conjunto Penal de Feira de Santana. “Quando soube da morte fiquei assustado e fui ao presídio. Ele tinha sido liberado para ficar em prisão domiciliar; só lamento”, declarou.

Em épocas passada, ele foi preso por policiais da Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), com um revólver calibre 38 e aproximadamente 500 gramas de crack, no conjunto Feira VII. Na ocasião, Danilo contou na delegacia que ficou paraplégico após receber 11 tiros e que estava vivendo de uma aposentadoria. Confessou ser dono da arma, mas disse que a droga não era sua.

A polícia investigou e encontrou fotos recentes de Danilo, que ele postou nas redes sociais, ostentando armas e com frases provocativas.

* Fato  Concreto com informações do Central de Polícia