18 de outubro de 2013

Pastor fazia parte do bando de "Rabicó", afirma a Polícia


De acordo com informações de parentes e amigos que utilizam as redes sociais ou estiveram no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana, dois dos quatro homens mortos durante uma operação policial ocorrida nesta quinta-feira (17) na BR-324, eram evangélicos: o pastor Gilmário Sales Lima (foto), 24 anos e Jeissivan Cristiano Dias Brito, 26. Eles estavam na companhia de Enderson Almeida Souza Matos, 23, também conhecido como “Rabicó” e Fábio de Almeida Silva,24.

Em entrevista ao repórter Denivaldo Costa, o coordenador regional da Polícia Civil, delegado Ricardo Brito, declarou que todos eles estavam envolvidos na quadrilha que era comandada por “Rabicó”. “Eles roubavam os carros em Salvador e ‘esquentava’ (adulterava) em Feira, para revendê-los”, disse Brito.

O delegado informou ainda que a quadrilha estava sendo investigada há um bom tempo e além dos dois carros roubados: Peugeot, vermelho, placa OLD-8292 e Punto, branco, placa NZP-3230, também foram encontrados três revólveres calibre 38 e uma pistola calibre 09 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas e de origem filipina.


Ricardo Brito disse ainda que os evangélicos envolvidos eram considerados “tiro surdo”, linguagem policial para quem comete delitos, mas não tem entrada em delegacia. “O pastor estava em um carro roubado, com placas de outro veículo com as mesmas características e fazia a função de batedor para o resto do bando”, disse a autoridade policial. A polícia informou que peritos do Departamento de Polícia Técnica fizeram uma vistoria nos carros e encontrou três tabletes de maconha, pesando aproximadamente 03 kg, escondidos na chaparia do veículo Peugeot.

Familiares dos mortos estiveram no DPT de Feira de Santana e entre eles estavam a mãe e padrasto do pastor, Gilmário Sales. Segundo Alberto, o enteado era natural de Pojuca, mas estava morando em Feira e Aracajú.

A mãe, Veranildes Santos, disse em entrevista ao repórter Denivaldo Costa que o filho morreu porque teria corrido e que ele sabia que o veículo Peugeot era roubado. “O próprio policial falou pra mim: olha moça! Ele não estava atirando, quem estava atirando foi o Rabicó e outro de trás”, contou.

Ela acrescentou que o filho sabia que o carro era roubado: “Meu filho veio comprar esse carro; meu filho sabia com certeza que o carro era roubado. Sabe por quê? Porquê um Peugeot daquele não existe (zerado) por 14 mil reais. Meu filho sabia”.

Quem também falou para nossa reportagem foi Ivo da Silva Brito, presidente do Sindicato dos Camelôs e pai de Jeissivan. Segundo Brito, o filho trabalhava com ele como camelô e era evangelista, mas estava endividado após a compra de um carro e vinha sendo ameaçado de morte. Apesar disso, negou que o filho tivesse envolvimento com bandidos e que ele apenas pegou carona. “O Jeissivan não sabia pegar numa arma. A arma dele era a bíblia”, declarou o pai.


* Fato Concreto com informações do repórter Denivaldo Costa do blog Central de Polícia

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