4 de janeiro de 2017

Vereador eleito toma posse algemado no interior de Minas Gerais


Câmara Municipal de Caratinga, no interior de Minas Gerais, viveu um momento diferente, com uma posse inusitada, na última terça-feira (03).

Reeleito vereador, Ronilson Marcílio Alves (PTB), 42 anos, chegou à sede do Legislativo local algemado, sob escolta policial e vestindo uniforme do sistema prisional. Ronilson está custodiado no presídio da cidade, desde 19 de dezembro do ano passado, acusado de extorsão contra um padre. O processo segue em segredo de Justiça. Outras três pessoas também foram presas sob a mesma acusação.

Antes de tomar posse, Ronilson foi diplomado por procuração pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerias. O vereador só não tomou posse no dia 1º, data em que aconteceu em todo o Brasil a posse de todos os vencedores das eleições passada, com medo de protestos de populares.


Segundo o Regimento Interno da Câmara de Caratinga, os vereadores que não tomam posse no dia previsto pela Justiça Eleitoral têm até 10 dias para fazê-lo com a presença do presidente da Casa.

Segundo informações, já foi impetrado um habeas corpus em favor de Ronilson, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas, foi negado o pedido feito pela defesa do vereador.

Ronilson tomou posse e depois voltou para o presídio. De acordo com o advogado dele, ele tem a prerrogativa de tirar uma licença não remunerada de até 120 dias sem perder o mandato. Durante este período, a defesa do vereador espera já ter conseguido colocá-lo em liberdade.



Ronilson esteve foragido e foi preso em Cordeiro, na Região Serrana do Rio de Janeiro, após a Justiça decretar um mandado de prisão preventiva contra ele. O vereador Ronilson e outros três investigados na Operação Bolso Cheio da Polícia Civil foram indiciados pelos crimes de extorsão e organização criminosa.


A Operação da PC foi realizada em 29 de novembro, e investigou uma suposta organização criminosa suspeita de chantagear uma vítima, exigindo dinheiro, para que um vídeo íntimo não fosse divulgado. As investigações apontaram que os investigados teriam exigido inicialmente R$ 200 mil para não divulgarem o conteúdo do vídeo.


* Imagem; divulgação de redes sociais

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